• 2 a 7 de julho, 1957
     III CONGRESSO BRASILEIRO DE FOLCLORE 
    Salvador

    Informação

    III Congresso Brasileiro de Folclore aconteceu em Salvador em 1957*. Tematica central foi triparte: a) artesanato; b) folclore do mar e dos rios; c) folclore da Bahia.

    Organização: Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura (IBECC).

    Um dos locais do evento era a Reitoria da Universidade da Bahia de acordo com Diário de Notícias (RJ) de 2 de julho de 1957. Tem também menções do Instituto Feminino da Bahia onde abriram o Museu de Arte Popular.

    Temos várias fotos do evento, algumas de jornais, outras do acervo de Jair Moura cedidas por Edson Teto Azevedo. As fotos mostram capoeiristas como M Bimba, alunos dele e alunos de M Pastinha em suas roupas de apresentações. Podemos ver dois locais, um ao ár livre e o outro numa sala. Sabemos que maculelé (leia abaixo) aconteceu no pátio do Instituto Feminino da Bahia e provávelmente capoeira também se realizou lá. A sala com uma pintura na parede pode fazer parte do instituto.

    * Eventos anteriores:
    I Congresso Brasileiro de Folclore, Rio de Janeiro, 1951,
    II Congresso Brasileiro de Folclore, Curitiba, 1953.

    Instituto Feminino da Bahia

    Instituto Feminino da Bahia


    Galeria de images

    • 3° Congresso Brasileiro de Folclore
      Manchete, RJ, 31 de agôsto de 1957
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    • 3° Congresso Brasileiro de Folclore
      Manchete, RJ, 31 de agôsto de 1957
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    • 3° Congresso Brasileiro de Folclore
      Salvador, julho de 1957
      Ao direito M Bimba
      Acervo: M Jair Moura e Edson Teto Azevedo

    • 3° Congresso Brasileiro de Folclore
      Salvador, julho de 1957
      Acervo: M Jair Moura e Edson Teto Azevedo

    • 3° Congresso Brasileiro de Folclore
      Salvador, julho de 1957
      Acervo: M Jair Moura e Edson Teto Azevedo

    • 3° Congresso Brasileiro de Folclore
      Salvador, julho de 1957
      Acervo: M Jair Moura e Edson Teto Azevedo

    • 3° Congresso Brasileiro de Folclore
      Salvador, julho de 1957
      Ao fundo em pé M Bimba
      Acervo: M Jair Moura e Edson Teto Azevedo

    • 3° Congresso Brasileiro de Folclore
      Salvador, julho de 1957
      Ao fundo em pé M Bimba
      Acervo: M Jair Moura e Edson Teto Azevedo

    • 3° Congresso Brasileiro de Folclore
      Salvador, julho de 1957
      Ao fundo em pé M Bimba
      Acervo: M Jair Moura e Edson Teto Azevedo

    • 3° Congresso Brasileiro de Folclore
      Salvador, julho de 1957
      Ao fundo em pé M Bimba
      Acervo: M Jair Moura e Edson Teto Azevedo

    • 3° Congresso Brasileiro de Folclore
      Salvador, julho de 1957
      Ao fundo em pé M Bimba
      Acervo: M Jair Moura e Edson Teto Azevedo

    • 3° Congresso Brasileiro de Folclore
      Salvador, julho de 1957
      Acervo: M Jair Moura e Edson Teto Azevedo

    • 3° Congresso Brasileiro de Folclore
      Salvador, julho de 1957
      Acervo: M Jair Moura e Edson Teto Azevedo

    • 3° Congresso Brasileiro de Folclore
      Salvador, julho de 1957
      Acervo: M Jair Moura e Edson Teto Azevedo

    • 3° Congresso Brasileiro de Folclore
      Salvador, julho de 1957
      Ao direito M Bimba
      Acervo: M Jair Moura e Edson Teto Azevedo

    • 3° Congresso Brasileiro de Folclore
      Salvador, julho de 1957
      Ao direito de costas M Bimba
      Acervo: M Jair Moura e Edson Teto Azevedo

    • 3° Congresso Brasileiro de Folclore
      Salvador, julho de 1957
      Acervo: M Jair Moura e Edson Teto Azevedo

    • 3° Congresso Brasileiro de Folclore
      Salvador, julho de 1957
      Acervo: M Jair Moura e Edson Teto Azevedo

    • 3° Congresso Brasileiro de Folclore
      Salvador, julho de 1957
      Acervo: M Jair Moura e Edson Teto Azevedo

    • 3° Congresso Brasileiro de Folclore
      Salvador, julho de 1957
      Acervo: M Jair Moura e Edson Teto Azevedo

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    III Congresso Brasileiro de Folclore


    Os textos

    • CAPOEIRA É LUTA QUE PARECE DANÇA

      -

      MANCHETE no Congresso de Folclore, Bahia
      Fotografia de Jader Neves
      31 de agosto de 1957

      Foto: A "benção" é um dos golpes mais perigosos: o pé na cara do adversário, durante anos proibida pela polícia, a capoeira, muito prestigiada na Bahia, é hoje folclore.

      Na festa da Conceição da Praia, a capoeira tem seu grande dia na Bahia: na Rampa do Mercado os sons dos berimbaus enchem a noite e os capoeiristas de divertem até o sol raiar. Mas todos os domingos, com festa ou sem festa, há "vadiação" nos terreiros de Valdemar, Vicente Pastinha ou qualquer outro mestre famoso. É o preparo domingueiro para a grande exibição anual de 8 de dezembro.

      Êles lutam de branco, num ritual sem sangue, excitados pelo berimbau.

      Foto 2: O capoeirista é antes de tudo um ágil. Precisa aprender a pular e a cair.

      A capoeira é luta. Mas é também dança: um espetáculo coreográfico onde os lutadores-bailarinos executam violentos passos de um ballet moderno. A música vem das cantigas e dos berimbaus acompanhados de palmas, pandeiros e reco-recos. Os capoeiristas, quando são bons, usam roupa branca que sai imaculada da luta: um bom lutador se enrosca como minhoca no rés do chão mas nunca se suja. Trazida da Angola pelos negros escravos a capoeira foi arma poderosa contra os capitães-de-mato. Hoje, é ritual folclórico e quase que apenas diverte.

      Foto 3: Enquanto os capoeiristas se exibem, os assistente vão cantando: "Eh, eh, camarada / ferro de engomar, camarada / água de beber, camarada / face de cortar, camarada". Em suas cantigas, os capoeiristas nunca cantam bravatas

    • +

      III Congresso Brasileiro de Folclore

      1 de julho de 1957

      Última Hora, RJ

      Sob a presidência do Presidente Juscelino Kubitschek, instala-se amanhã, em Salvador o III Congresso Brasileiro de Folclore, convocado pelo IBECC, e realizado pelas Comissões Nacional e Baiana de Folclore.

      O temário inclui os seguintes assuntos: Proteção ao arte-sanato e a indústria caseira de base folcórica. Folclore da Bahia e Folclore do mar e dos rios do Brasil. Haverá ainda Mesas-redondas debatendo os seguintes temas: Folclore e Ciências Sociais, Romanceiro do Brasil, Proteção aos folguedos populares e Linguagens folclóricas.

      Além de entidades oficiais e privadas já tem designado representantes, entre os quais a Universidade do Paraná e do Rio Grande do Sul, a Escola Nacional de Música da Universidade do Brasil, ao Museu Municipal de Folclore, a Associação Brasileira de Imprensa, a Faculdade de Filosofia da Universidade de Minas Gerais, o Conservatório Brasileiro de Música, a Academia de Música Lorenzo Fernandes, a União Metropolitana de Estudantes e muitas outras. Comparecerão o dr. Alvaro de Oliveira e Souza, representando a Prefeitura, dr. Djalma Maranhão, prefeito de Natal e o prof. Lula Heitor, chefe do Departamento do Música, da UNESCO.

      Durante o Congresso, realizar-se-á um Festival Folclórico, com a apresentação de vários folguedos baianos e será inaugurado, o Museu de Arte Popular do Instituto Feminino da Bahia.

      O prefeito de Salvador oferecerá aos congressistas um almoço no restaurante da lagoa de Abaeté, com apresentação de danças e cantigas folclóricas. Haverá exibição de filmes e discos.

      São Presidentes de Honra de Congresso e presidente da República, o Cardeal Primas, os ministros da Relações Exteriores e da Educação e Cultura, o prefeito de Salvador e o presidente do IBECC.

    • +

      A Música no III Congresso Brasileiro de Folclore

      20 de junho de 1957
      Diário de Notícias, RJ

      Reunir-se-á, de 2 de 7 de julho vindouro, em Salvador, o III Congresso Brasileiro de Folclore, promovido pelo IBECC. Do seu programa, constam várias demonstrações de cantos e danças folcóricas, como Capoeira, Afoché, Samba e Maculelê, além de uma original e interessante demonstração, da maior importância para o estudo do rítmo afro-brasileiro, que consistirá no toque de todos os orixás, que tem culto da Bahia, por atabaques.

      Na Escola de Música da Bahia, haverá uma audição de discos foclóricos da Bahia, gravados pela Secretaria de Educação e Cultura do Estado, sob a orientação do prof. Paulo Jatobá.

    • +

      Exposições e demonstrações no III Congresso Brasileiro de Folclore

      14 de julho de 1957
      Diário de Notícias

      [..]

      Maculelê

      No pátio do Instituto Feminino teve lugar a apresentação do Maculelê, folguedo popular existente em Santo Amaro, neste Estado. É uma dança de origem africana, que, segundo a tradição, festeja a alforria de escravos.

      O grupo se apresenta composto de 15 figurantes, sendo acompanhado de uma orquestra de 3 tambores, 1 caxixi e 1 agogô. Os versos são cantados ao som da melodia que lembra a música de candomblé de caboclo.

      O Maculelê, dirigido por Paulo Andrade (Popó), foi bastante aplaudido.

      Após o Maculelê, a direção do Instituto ofereceu aos visitantes uma ceia regional, constando de comidas típicas da Bahia.


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