CD
M Waldemar e M Canjiquinha
1986
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01.Riachão tava cantando2:07
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02.Nega o que vende aí0:30
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03.Siri de mangue0:44
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04.Olha o home que matei0:41
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05.Dente de ouro1:35
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06.Não sei como se vive1:08
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07.Marimbondo assanhou0:23
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08.Quatro coisa neste mundo0:52
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09.É, Santo Amaro0:38
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10.Quebra gereba1:24
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11.Pedro cem1:52
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12.Já canto há muitos anos1:46
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13.ABC de Vilela2:29
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14.Cobra assanhada1:01
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15.O macaco e o leão2:05
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16.Ai, ai, aidê0:29
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17.Quando eu fui pra Liberdade0:54
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18.O Brasil disse que sim0:41
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19.Olha o nome do pau0:15
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20.Joguei meu lenço pra cima0:44
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21.Vô dizê a meu sinhô0:24
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22.Era eu, era meu mano0:46
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23.O calado é vencedô0:54
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24.Contaro minha mulhé0:50
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25.Panha daqui, bota ali0:16
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26.Martelo do ciúme0:32
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27.Mandalecô0:12
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28.Minha mãe, vô sê bombeiro0:37
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29.Oia lá siri do mangue0:27
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30.O exército é de batalha0:21
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31.Marinheiro só0:23
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32.Toques3:05
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33.Toques2:10
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34.Toques1:55
M Canjiquinha e M Waldemar
Galeria de imagens
CD dos M Waldemar e Canjiquinha
O texto
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M Itapoan
-Waldemar/Canjiquinha
Preservar a memória da Capoeira é uma obrigação cultural de todos e mais ainda dos capoeiristas. O trabalho ora executado, com Waldemar Rodrigues da Paixão, „Mestre Waldemar do Pero Vaz“ e Washington Bruno da Silva, „Mestre Canjiquinha“, visa levar às gerações futuras toda a beleza primitiva do canto nas „Rodas“ de Capoeira da Bahia.
Herdeiros das raizes da nossa luta, transmitem através de suas músicas, todo o aprendizado adquirido de Mestres como „Siri de Mangue“ e „Aberré“, verdadeiros expoentes da capoeira baiana do passado.
A voz de Mestre Waldemar tem a entonação que lembra o lamento de negros escravos em dias tristes nas senzalas. O „Banzo“ se faz presente, são ladainhas com letras simples que traduzem o respeito a velhos capoeiristas e a lembrança de um passado dificil porém muito bem vivido nas „Rodas do Pero Vaz“. Toda filosofía deste homem traduz e traz até nós um passado distante de capoeiristas célebres que infestavam as ruas, praças, becos e ladeiras da velha Bahia. Waldemar é pois, aquele elo que liga a Capoeira atual a uma que já passou. E mais que isso, alerta os novos capoeiristas para a necessidade de se preservar para o futuro tudo de lindo que existe na nossa arte de lutar.
Já o Mestre Canjiquinha nós carrega para uma viagem capoeiristica com toda a descontração que lhe é peculiar.
A seriedade descontraída existente em seu trabalho se faz presente. Ele traz para suas músicas um jeito todo especial. Ninguém canta como ele, uma mesma música cantada por outro Mestre, ganha mapagem nova na sua voz. Grande improvisador, como tem que ser os grandes cantadores de capoeira, é por vezes criticado e mal entendido. Porém é nas „Rodas“, o departamento dos capoeiristas sérios, que ele mostra seu poder de tocar berimbau e cantar as coisas da Capoeira Baiana.
Waldemar será a seriedade, o jeito sério de relatar um passado. A maneira simples de brincar, de vadiar, jogar e cantar capoeira. O jeito que o levou a ser considerado o maior cantador das „Rodas da Bahia“.
Canjiquinha é a maneira malandra e debochada de fazer da capoeira um instrumento sério em suas mãos.
As raizes da Capoeira, a nossa cultura popular, estão aqui muito bem representadas. O futuro agradecerá a estes Mestres a contribuição à preservação da memória capoeiristica da Bahia através do seu Canto.Salvador, Bahia, 22 de Setembro de 1986
Raimundo Cesar Alves de Almeida - Itapoan -
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M Geni
CORO, MESTRES CANJIQUINHA, ITAPOAN, SUASSUNA, EZEQUIEL, GENI.
E OS SRS. WILLER C. SANTOS E ANILTON C, SILVA.
CANTADORES, MESTRES CANJIQUINHA E WALDEMAR.
INSTRUMENTOS NO BERIMBAU, CANJIQUINHA E ANILTON.
PANDEIRO, EZEQUIEL.
ATABAQUE, GENI.M Geni, 2015